quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pintura da noite passada.

O mundo tá girando, e eu ainda prefiro o vento gelado aqui de fora.
Só que não vou mentir, tem vezes que olhando aqui de fora, com a cara cheia, cabeça pesada, dá uma vontade de estar lá, rodando junto com todo mundo e conhecendo outras figuras, gente nova, sexo bem feito, deve ser assim, eu imagino assim porque me contaram já, e eu fiz.

É quarta-noite, domingo já bate na porta e domingo cheira a quê? sei lá sabe, todo dia pra mim cheira a sexo mesmo, só cheira, porque sexo pra mim é na cabeça, na imaginação - dá pra gozar sempre com o que tá na cabeça, não precisa vir pra cama, sexo é mentira.
Decidi sair, vou aproveitar fora mesmo desse mundo que eu disse que roda, vem você e fica aqui fora comigo e vamos ver como sexo é capitalismo, dinheiro vivo, sabe dá pra acordar de manhã e ver toalhas, camisinhas, lençois e o cheiro, é hora de ir: dá meu casaco aí, que tá um frio do caralho lá fora; volto a ser outra vez aquilo que costumo ser todo dia, sozinho, só no quarto (em casa mesmo), agora dentro do mundo (quente) e de tudo, um roubado assustado, quando vejo já cheguei em casa, é só lembrança, pintura de uma noite passada.

Como tenho dito, digo, escrito, com e em Esperança, só resta isso mesmo.
E nada pra ser entendido, só lido.

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