terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tuas cruzes, digo, as minhas..


Noites silenciosas e de uma tristeza sem igual, muitos passaram, muitos sofreram, muitos choraram, porém poucos tiveram um ombro amigo para junto participarem destas agonias, que se escondem de forma imprevisíveis e sempre retornam.
São noites que surgem como uma tempestade e de forma lenta enche rios de lágrimas e fazem com que cada um sinta na pele a aflição daquele que um dia gritou em gritos e ninguém ouviu.

A vida apresenta sinais que não temos a mania de interpretar, apresenta cores que não podemos definir, assim como apresenta a escuridão que por nada ser visualizado, o homem se sente só.
Os gritos da noite são tristonhos e solitários, as histórias entre as paredes de um quarto é capaz de contar as mil noites necessárias para que se possa compreender, porém tempo não passa.
A solidão é mãe de muita gente, alguns com menos intensidade e outros que se aprofundam no silêncio que segue de estrada abaixo, entre caminhos em que a voz da consciência não tem como estimular ao retorno.
Outros se embotam e pela incapacidade de vencer a força da maldade estão estáticos perante as ventanias da vida, esperando apenas que a morte lhe seja balsamo ou uma simples companheira.

Todos temos as nossas quedas, ninguém é capaz de dizer que nunca se perdeu dentro de si e não cometeu erros por mais simples possível, ninguém é santo a ponto de dizer que vive em paz.

Muitos regem a sua vida pelo uso constante de terapêutica para que possam reagir aos estímulos nocivos da vida, e pela insegurança são incapazes de vencer as pequenas barreiras interpostas, outros são os protótipos do viver em vida num inferno criado por sua própria vida e se sentem mais aliviados quando estão sempre fazendo tempestades em copo d’água e agredindo sem necessidade, o compromisso com a vida é que todos vivam felizes, o compromisso com as duras batalhas, que encontramos é, que sejamos realmente os vencedores!
Finalmente têm os que vivem sem a necessidade de importunar, dos que necessitam de ajuda de várias espécies, mas trazem consigo a doce virtude de amar pela sua mais profunda excepcionalidade.

Felizes aqueles que passaram pela vida e levaram consigo apenas uma pequena cruz, mais felizes são os que viveram as grandes cruzes e ainda levaram sobre seus ombros as cruzes de outros.

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