
Eu me recordo daquele dia quando o professor entrou na sala e logo que por impulso começou a falar na acidez da vida, vida feliz, parte miúda de um tempo gigante; alegrias alojadas em gomos como laranjas, alegrias ácidas como a fruta também, gomos que pareciam amigos abraçados como se fossem irmãos.
Tudo que era falado pra mim era já sabido, porque já sentido.Mas como calcular esta distância entre o que sei, o que senti? Como falar do sabor da vida mas sem com ela ser injusto, tornando-a menor, esmagando, reduzindo á vida ao bagaço de minha visão?
Pra não cometer erros:
Sobre o sabor dessa vida eu não sei dizer - só sei sentir.